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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 1419-2

1419-2

ENZIMAS PRODUZIDAS PELO FUNGO FILAMENTOSO Thermoascus aurantiacus PI3S3: APLICAÇÃO NA RAÇÃO ANIMAL

Autores:
Juliane Almeida Battisti (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ) ; Vitória Maciel Delai (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ) ; José Luis da Conceição Silva (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ) ; Rita de Cássia Garcia Simão (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ) ; Marina Kimiko Kadowaki (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ) ; Alexandre Maller (UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ)

Resumo:
Atualmente, os avanços tecnológicos significativos relacionados à nutrição animal têm como base a otimização dos componentes nutricionais e a descoberta de novos elementos. Portanto, para assegurar uma nutrição adequada e aprimorar a eficácia das rações, é essencial combinar diversos alimentos a fim de obter uma composição equilibrada e abrangente. A utilização de enzimas exógenas provenientes de microrganismos tem demonstrado efeitos benéficos bem estabelecidos, melhorando a digestibilidade dos nutrientes em aves. O fungo Thermoascus aurantiacus é um fungo filamentoso, termofílico e excelente produtor de diversas enzimas com aplicações biotecnológicas na alimentação animal. Nesse contexto, o propósito deste estudo foi avaliar a incorporação do extrato bruto de T. aurantiacus linhagem PI3S3 nas rações animais. A aplicação foi avaliada tanto em testes in vitro quanto in vivo. A fase in vitro consistiu na incubação da enzima com a ração, e na simulação da digestão no papo e moela/esôfago. Posteriormente, foram realizadas análises de citotoxicidade e detecção de micotoxinas para avaliar potenciais efeitos tóxicos do extrato bruto. Já no estudo in vivo, foram utilizados 96 pintos de corte machos, com 14 dias de idade, distribuídos em um delineamento inteiramente nasalizado composto por 4 tratamentos e 6 repetições, cada uma com 4 aves. Diversos parâmetros foram avaliados, incluindo desempenho, morfometria intestinal e teor de proteína bruta nas excretas. O extrato enzimático foi incorporado na ração animal, resultando na liberação de 158 g de açúcar redutor por kg de ração após 12 horas de tratamento. Os tratamentos com 1, 3 e 6 horas aumentaram essa liberação em 1,8; 3,0 e 4,9 vezes, respectivamente, em comparação ao grupo controle. Apesar de não terem sido observadas melhorias significativas no ganho de peso e na conversão alimentar dos frangos de corte no estudo in vivo, foi constatado um discreto aumento na área de absorção intestinal, evidenciado por microscopia óptica. Além disso, uma leve melhoria na energia metabolizável das excretas foi identificada. Nas análises in vitro, o extrato enzimático demonstrou uma eficiente hidrólise, aumentando a disponibilidade de açúcares. Assim, a aplicação do extrato enzimático de T. aurantiacus PI3S3 na ração animal foi vantajosa, visto que apesar de não terem sido observados ganhos de peso substanciais nos frangos de corte houve indícios promissores de melhorias na morfologia intestinal e na energia metabolizável das excretas.

Palavras-chave:
 aplicação biotecnológica, extrato enzimático, ração animal, fungo, frango


Agência de fomento:
CAPES, CNPq e Fundação Araucária